Terceiro Gênero. (Foto: nito100 / iStock) Um dos principais sindicatos acadêmicos dos Estados Unidos está condenando as tentativas de de...
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Terceiro Gênero. (Foto: nito100 / iStock) |
A Associação Americana de Professores Universitários (AAUP), que reúne 39 associações estaduais, com representação em 500 cidades, divulgou uma declaração intitulada “O Ataque a Gênero e aos Estudos de Gênero”.
O documento é basicamente um protesto contra o governo de Donald Trump, que tenta definir oficialmente gênero como uma “condição biológica, imutável” definido pelo sexo da pessoa no nascimento. Os acadêmicos temem que a palavra “transgênero” deixe de existir.
A declaração da AAUP também condenou o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, que assinou recentemente um decreto proibindo os cursos de estudos de gênero de serem ensinados em todo o país. Os professores criticam também os governos da Polônia, Bulgária, e o próximo presidente do Brasil por “tentativas de refutar o consenso acadêmico de que a identidade de gênero é variável e mutável”.
“Biólogos, antropólogos, historiadores e psicólogos têm repetidamente mostrado que as definições de sexo e sexualidade têm variado ao longo do tempo e através de culturas e regimes políticos”, diz a declaração da AAUP.
“Alguns de seus trabalhos científicos sugerem que a preservação dos papéis tradicionais de gênero por parte do Estado está associada a tentativas autoritárias de controlar a vida social e prometer segurança em tempos difíceis, prometendo proteger as estruturas familiares patriarcais.”
A AAUP alega que esses “esforços autoritários” são consequências da pressão de “políticos e fundamentalistas religiosos”, mas que eles não teriam autoridade por não serem “nem cientistas nem estudiosos”.
“Seus motivos são ideológicos. São eles que estão falando sobre uma “ideologia de gênero”, tentando substituir as ideias de estudiosos sérios. Ao substituírem sua ideologia por anos de pesquisa assídua, impõem sua vontade em nome de uma “ciência” sem apoio fatual. Essa é uma invocação cínica da ciência para fins puramente políticos “, reclamam os professores universitários que reclamam de uma “ameaça em potencial para a liberdade acadêmica”.
Outro lado
Líderes do Colegiado Americano de Pediatras assinaram uma petição, enviada na semana passada ao governo Trump elogiando-o por sua intenção de “defender a definição científica de sexo na lei e na política federais”.
“A norma para o design humano deve ser definida como masculina ou feminina. A sexualidade humana é binária por design, com o propósito óbvio da reprodução de nossa espécie”, diz a petição. “Este princípio é autoevidente, pois ‘XY’ e ‘XX’ são marcadores genéticos de macho e fêmea, respectivamente, encontrados em todas as células do corpo humano, incluindo o cérebro. O sexo é estabelecido na concepção, declara-se no útero e é reconhecido no nascimento “.
Essa petição declara também que as diferenças sexuais são “reais e consequentes”.
Gospel Prime
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