O embaixador de Israel, Yossi Shelley, concede entrevista à Agência Brasil O embaixador do Israel no Brasil, Yossi Shelley, celebra a a...
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O embaixador de Israel, Yossi Shelley, concede entrevista à Agência Brasil |
O embaixador do Israel no Brasil, Yossi Shelley, celebra a aproximação inédita entre o governo brasileiro e o israelense, que teve seu ponto alto na presença de Benjamin Netanyahu na posse de Jair Bolsonaro.
Em entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Shelley comparou o presidente com o diplomata brasileiro Oswaldo Aranha que, em 1947, presidiu a sessão da Assembleia Geral das ONU que decidiu pela criação do Estado de Israel. Até hoje o nome de Aranha é reverenciado pelos israelenses.
“O nome de Oswaldo Aranha foi significante para a criação do Estado de Israel. Agora Jair Bolsonaro é um segundo Oswaldo Aranha porque ele faz uma coisa incrível: é mudar a história”, destaca o embaixador.
Bolsonaro visitará Israel em março, acompanhado de um grupo de políticos e empresários. O objetivo declarado é incrementar o comércio bilateral e a troca de tecnologias. “Ele vai receber as honras de um rei. Eu prometo isso. Vou estar ao lado dele e vou segurar a mão dele. Amo o Brasil. Amo o povo de Israel”, comemora Shelley, que vive no país desde janeiro de 2017.
Nas próximas semana, o ministro da Ciência e Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, pretende ir a Israel para fechar acordos sobre tecnologia hídrica e dessalinização. O foco, lembra o embaixador, é levar soluções para o Nordeste e o interior do país.
Ao abordar a expectativa sobre a transferência da embaixada brasileira de Tel Aviv para Jerusalém, Shelley adota o tom diplomático: “O governo brasileiro é soberano para dizer quando. A transferência acontecerá, mas aguardamos o momento. Estamos muito felizes com a transferência. Deixa o tempo definir. O presidente [Donald] Trump [dos Estados Unidos], quando assumiu o cargo, também citou que iria transferir a embaixada. Oito meses depois fez isso. Essas coisas não serão obstáculos para a nossa relação”.
Vislumbrando um novo tempo nas relações entre os dois países, o embaixador de Israel acredita que nos próximos meses os resultados comerciais já serão sentidos. Isso também será visto no campo diplomático, numa reversão no posicionamento brasileiros nas decisões da ONU.
“Quando há relações boas, é possível fazer um acordo como o Mercosul [bloco que reúne Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai). Pode-se pensar em um pequeno Mercosul sem taxas. Quer saber quanto vale isso? Bilhões. É preciso aprofundar as relações, aprofundar os negócios, fazer delegações de empresários, pensar na votação da ONU, apoiar Estados Unidos, apoiar Israel. Essas coisas que os amigos fazem”, destacou.
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