Victoria Derbyshire. (Foto: Reprodução / BBC) Uma mulher da Grã-Bretanha declarou em entrevista ao programa Victoria Derbyshire, da BBC,...
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Victoria Derbyshire. (Foto: Reprodução / BBC) |
Identificada apenas como Sam, a mulher declarou que descobriu a gravidez em um período difícil financeiramente e que percebeu que não teria condições de sustentar a criança.
“Foi uma decisão relativamente fácil, eu estava bastante apertada financeiramente… E não acho que estava preparada para o abalo emocional”, declarou.
Na Grã-Bretanha o aborto é permitido até 24 semanas e, após esse período, apenas em casos onde a mãe corre risco ou caso a criança desenvolva uma deficiência grave.
Sam declarou que não usava métodos contraceptivos porque sofria com efeitos colaterais, apenas acompanhava seu ciclo reprodutivo através de um aplicativo para celular e, por isso, acabou engravidando.
Depois de sete meses do primeiro aborto, ela engravidou de novo.
“Eu me senti muito burra e envergonhada, porque eu tinha feito (um aborto) havia pouco tempo. Eu não senti que poderia falar tão abertamente sobre isso dessa (segunda) vez”, conta ela que na primeira vez teve apoio de muitos amigos nas redes sociais.
“Eu ainda não tinha uma renda estável, um emprego estável, uma casa estável. Então, eu sabia que não poderia seguir com essa gravidez. Mas eu não estava completamente segura, porque eu realmente não queria ter que passar por dois abortos na minha vida.”
Na primeira vez, ela procurou uma clínica e fez o aborto através de operação. Na segunda vez, ela optou por tomar pílulas abortivas e o embrião saiu, depois de alguns dias, dentro de seu coletor menstrual.
“Eu não estava preparada. Eu achei que (o resultado) seria um grande coágulo. Mas não. Eu não estava preparada para aquilo. Tinha o formato de um feijão… é muito claro que aquilo poderia eventualmente se tornar um feto. Ver o embrião me fez perceber que eu realmente estava grávida, que eu poderia ter tido um filho”.
Mesmo tendo visto uma criança em formação morta em seu coletor menstrual, Sam não se arrepende de ter interrompido a gravidez. Por conta de sua questão financeira, ela diz que não se sente segura de ter filhos. “É algo que me deixaria muito ansiosa caso eu engravidasse novamente.”
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